Museu Reina Sofia

As pinturas moderna e contemporânea em Madrid

Alexandre Muscalu

Só a Descubra Madrid oferece a possibilidade de cruzar os pontos turísticos e culturais da cidade histórica de Madrid com um professor brasileiro de história, filosofia e ciências sociais que estudou turismo na Espanha. Com certeza uma experiência instigante. Alexandre, que tem nacionalidade espanhola, é também Mestre em ensino no Brasil, metodologia para compartilhar informação e o desejo de se divertir com seu grupo enquanto desvenda a cidade não irão faltar.

17 de dezembro de 2021

Reina Sofia: complementar e obrigatório.

As pinturas moderna e contemporânea em Madrid

Museu Reina Sofía, uma das mais importantes pinacotecas do mundo, pelo seu acervo, por sua museologia, por sua concepção: um museu ampliado, com diferentes locais (Edifício Sabatini, Edifício Nouvel, Palácio de Cristal e Palacio de Velázquez – estes dois últimos localizados no icônico Parque do Retiro), para diferentes experiências e audiências. Ao lado dessa ideia inovadora de um campus, a coleção, as exposições e as atividades públicas são mostradas como uma nova maneira de se relacionar com o programa e a função do Reina.

Desde sua fundação definitiva, em 1992, o Museo Reina Sofía tem como substância um museu ampliado, no qual a experiência da arte contemporânea é fonte de prazer e de conhecimento. Sua coleção, com mais de 20.000 obras, evita uma leitura única e fechada da história da arte, em favor de múltiplas histórias e narrativas. Converteu-se por todos estes atributos em um catalisador de ideias, de discursos e poéticas em suas exposições temporárias e que no seu intenso programa audiovisual e de artes ao vivo, além do fórum contínuo de pensamento, debate e educação dirigido a todas as idades através de cursos, conferências e oficinas, faz do público seu protagonista. 

Ao longo de sua ainda breve história, o Reina Sofía realizou vários rearranjos parciais, às vezes limitados a certas salas ou propondo novas leituras de autores ou períodos. Depois do último grande arranjo retórico realizado em 2010, passou a viger uma nova proposta levada a cabo por Rosario Peiró, chefa das Coleções do Museu, e Manuel Borja-Villel, seu diretor, e que envolve uma releitura abrangente afetando toda a Coleção, inclusive a arte mais recente.

Desde meados deste último novembro, a pinacoteca modernista apresenta ao público uma extensa releitura de sua coleção, com cerca de duas mil obras, 70% das quais nunca foram exibidas antes e onde muitas delas foram recentemente acrescentadas através de doações e depósitos.

Num esforço próprio dos sinópticos litúrgicos: onde está e por que aí este magistral museu? Sua sede foi instalada no antigo Centro Geral de Saúde de Madri, um edifício neoclássico do século XVIII, praticamente ao lado de Atocha, principal estação de trem da capital espanhola. O hospital foi originalmente projetado por José de Hermosilla, seguido por Francesco Sabatini e é conhecido por esse nome em reconhecimento ao mesmo. Desde então sofreu várias modificações e acréscimos até que em 1965 o hospital foi fechado e por mais de 12 anos sobreviveu a rumores e ameaças de demolição até que em 1977 foi declarado Monumento Histórico e Artístico.

Em 1980 começou-se seu restauro e no início de 1986 foi inaugurado primeiramente como Centro de Arte Reina Sofía, dedicando alguns dos seus espaços a salas de exposições temporárias. Foi em 10 de setembro de 1992 que o rei Juan Carlos e a rainha Sofia inauguraram a coleção permanente do hoje Museu Reina Sofia e que passou a constituir o vértice sul do chamado triângulo artístico de Madri, que inclui outros dois imprescindíveis museus: o Prado e o Thyssen Bornemisza.

Em 2001, o Museu Reina Sofía precisava ocupar mais espaço, razão pela qual o arquiteto Jean Nouvel foi encarregado de ampliar o edifício, inaugurado em setembro de 2005. Essas novas áreas aumentaram o museu em mais de 60% em relação às áreas do antigo edifício.

Segundo alguns fatos curiosos, o Museu Reina Sofia está envolto em uma série de versões, uma das quais indica que o porão do edifício poderia ser um cemitério subterrâneo, pois antes de sua construção, havia um albergue onde pessoas de poucos recursos econômicos eram enviadas para morrer naquele lugar. Durante a Guerra Civil (1936-39), alojou soldados feridos, testemunhando centenas de mortes, que, segundo relatos, algumas delas ocorreram em circunstâncias muito estranhas, e ainda hoje, lendas paranormais são tecidas em torno deste edifício.

Além da sua coleção permanente, a pinacoteca modernista segue com tradição originária de exposições temporárias, que juntamente com o acervo, são inundadas de cor e som para gerar sensações com sua variedade de leituras através de uma rede de pequenas narrativas que falam do passado no presente e do próprio contemporâneo. 

Agora, uma das pinturas que dá mais renome e reconhecimento ao museu é sem a menor sombra de dúvidas, Guernica, de Pablo Picasso. Estrita pela cronologia, a coleção do Reina Sofía é uma extensão da coleção do Museu do Prado, pois cobre o período do século XIX até os dias de hoje. O decreto real redefiniu as coletas estatais desses acervos.

Inicialmente, o ano de nascimento do Picasso (1881) foi usado para dividir as coleções do Prado e Reina Sofia, critério que passou a ser bastante debatido pela rigidez e que vem sendo diluído pelas últimas iniciativas de ambas pinacotecas, com incorporações de outras obras, como Sorolla de ambos os lados. 

Pode-se dizer que a arte contemporânea na Espanha, como veículo de propagação cultural e de interesse turístico sofreu certa rejeição do poder público e de colecionadores privados, o que ajuda a explicar algumas lacunas do repertório internacional de ambos museus, embora seja verdade que são notórios os esforços do Reina e do Prado em reorientar sua curadoria e discurso expositor. Complementares e imperdíveis, visitas obrigatórias.

 

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